Blog do Professor Márcio

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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

EMPRESA FRANCESA POLUIU A PRINCIPAL FONTE QUE ABASTECE PARACATU

Grande parte da cidade de Paracatu - MG ficou dois dias sem água. A explicação da Copasa é que as chuvas teriam levado muita lama para o Ribeirão Santa Isabel, que abastece a cidade, havendo necessidade de interrupção do bombeamento para manutenção. Foi esta a explicação que obtive no posto de atendimento da Copasa em Paracatu.

Na manhã de segunda feira, 27/11/2017, o programa Rota do Crime, recebeu uma grave denúncia dando conta de poluição no Ribeirão Santa Isabel, que poderia ser a principal causa do interrompimento do abastecimento de água potável em toda cidade. A equipe deslocou-se até a zona rural e constatou que uma grande quantidade de terra vermelha estava sendo diretamente lançada ao Ribeirão. 

A empresa Solaire Paracatu, de capital francês, está implantado um sistema de geração de energia fotovoltaica, a qual será "exportada" para a rede da CEMIG.  Durante o serviço de terraplanagem, para a instalação de placas solares, ela teria empurrado o material removido diretamente para as margens do Ribeirão, provocando os danos ambientais, degradando a bacia hidrográfica e prejudicando toda a população de Paracatu. 

A Polícia Ambiental de Paracatu tomou as providências pertinentes, autuando a Solaire e dando voz de prisão a Júlio Augusto de Melo Lima, engenheiro eletricista,  e ao eletrotécnico, Cláudio Cunha Garcia, pelos danos ambientais causados em Área de Preservação Permanente.

Imagem do Ribeirão Santa Isabel, que fornece 70% da água consumida em Paracatu, após o desastre ambiental provocado pela empresa de capital francês Solaire Paracatu.

Como é notório, Paracatu ficou em estado de emergência devido à falta d'água durante a estiagem. O município já tem a bacia hidrográfica do Ribeirão Santa Rita entupida e poluída (para sempre) pelos rejeitos de mineração aurífera da Kinross; agora sofre o impacto de mais uma agressão ambiental direta. Os acionistas dessas multinacionais não tomam conhecimento dos processos de degradação humana e ambiental que vivemos; para eles, interessam os ganhos do capital investido.

Um comentário:

Adriles Ulhoa Filho disse...

Caro Professor Márcio,


não bastasse os estragos da canadense Kinross, poluindo o Santa Rita, agora essa francesa para complicar mais a coisa, poluindo o já muito saqueado Santa Isabel. Não há santo que aguente! Até quando o falso progresso da cidade vai aguentar?
Seria hora daquela TV francesa comparecer aí e fazer um novo documentário.
Abraços